Imagem: Archaeologists discovered the sculpture alongside nectandra seeds, a genus that has been found in surrounding Chimú burials of sacrificed children and adolescents. Peruvian Ministry of Culture.
A estátua bem preservada é um dos artefatos mais antigos descobertos no sítio arqueológico de Chan Chan
Arqueólogos desenterraram uma escultura de Chimú notavelmente bem preservada no complexo arqueológico de Chan Chan, no Peru, uma região que foi esporadicamente ocupada entre 600 dC até o período colonial.
A estátua foi encontrada durante um projeto de preservação em andamento da Huaca Takaynamo, uma estrutura piramidal dentro do antigo complexo que os arqueólogos acreditam ter sido usada principalmente para fins cerimoniais e funerários.
A estátua de 47 cm de altura data do início do período Chimú (900-1470 dC) e tem entre 850 e quase 1.500 anos, tornando-se uma das esculturas mais antigas descobertas no local.
“A escultura, em perfeito estado de conservação, tem um gorro com corte trapezoidal no topo estreito [e] uma decoração de sete faixas verticais de cores claras e escuras alternadas”, segundo um relatório publicado pelo ministério peruano da cultura no mês passado. “O rosto é plano, de corte oval e pintado de vermelho. O nariz, de perfil reto, destaca-se do plano do rosto. Os olhos amendoados e as orelhas circulares exibem irregularidades, onde se conserva uma resina preta que teria sido usada para fixar placas de madrepérola.”
O sítio arqueológico de Chan Chan está localizado no distrito de La Esperanza, em Trujillo, na costa norte do Peru. Assim como a estátua descoberta, o complexo Huaca Takaynamo é cercado por um mural policromático bem preservado que não é encontrado em outras partes do sítio arqueológico.
A escultura foi descoberta ao lado de sementes de nectandra, que foram associadas a rituais de sacrifícios humanos na cultura Chimú e acredita-se que tenham propriedades psicoativas. Debaixo da estátua havia uma pequena bolsa preta decorada com fios marrons e brancos. A descoberta reforça a evidência da “função cerimonial de [Huaca Takaynamo] em Chan Chan”, segundo César Gálvez Mora, diretor do projeto de preservação.
Fonte: Gabriella Angeleti