Diogo Pacheco nasceu em 5 de novembro de 1925, em São Paulo. Faleceu em 17 de agosto de 2022, aos 96 anos de idade. Conhecido desde a década de 1960, Diogo de Assis Pacheco dedicou-se em especial a concertos e apresentações “alternativas”, com os quais mobilizava pessoas não acostumadas a ouvir música erudita, ou a ouvi-la apenas em salas de concerto.
Ganhou concurso para lecionar música no Senai. Atuou como crítico de jornal e regente de corais. Em 1954, fundou o Movimento Ars Nova, especializado na divulgação de música contemporânea, da Renascença e Idade Média, com Klaus-Dieter Wolff, Willes de Castro, Dilza de Freitas Borges e outros. Apresentou pela primeira vez um recital de verbalização de poesia concreta. Regeu a Orquestra Sinfônica da Universidade da Bahia. Ganhou, em 1959, bolsa do Berkshire Music Center e do Departamento Vanglewood (Massachussets) EUA. Em 1960, conseguiu nova bolsa e ganhou prêmio internacional como melhor aluno. Em 1961, foi Melhor Regente do Ano da Associação Paulista de Críticos Teatrais. Em 1964, convidado pelo Itamarati, foi enviado para a Europa a fim de divulgar a música brasileira. Iniciando movimento de popularização da música erudita, fundida com a popular. Realizou concertos com Elizeth Cardoso interpretando Villa-Lobos e Alaíde Costa interpretando baladas medievais. Apresentou músicas de Roberto Carlos em estilo clássico no Concerto Jovem Guarda, em São Paulo. Também em São Paulo, coordenou temporadas líricas no Teatro Municipal. Foi programador da Rádio Eldorado de 1958 a 1971. Fundou corais, clubes e sociedades e em 1974, foi nomeado regente efetivo do Teatro Municipal de São Paulo. Lecionou em várias instituições, compôs música para teatro e gravou quatro discos de música clássica.
Assista à imperdível gravação, feita pela TV Cultura de São Paulo, do concerto para piano e orquestra composto pelo argentino Alberto Ginastera, com a orquestra sinfônica municipal, regida por Diogo Pacheco e tendo como solista João Carlos Martins.
Dados Artísticos – Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira
Foto: Agliberto Lima/Estadão Conteúdo