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O “slasher” – que podemos chamar de “filme de matança” – é um dos subgêneros mais populares do cinema de horror. Seu apelo é irresistível e imediato aos aficionados por esse tipo de narrativa: histórias simples, com momentos de suspense e mistério, devidamente pontuadas por cenas violentas – e sangrentas – de mortes chocantes, geralmente cometidas com facas e outras armas cortantes. Um assassino mascarado, cuja identidade desconhecemos até os momentos finais, um trauma no passado, uma vingança impiedosa, a elevada contagem de cadáveres e a personagem virtuosa derrotando o mal no desfecho: a fórmula descomplicada do slasher certamente é sua principal virtude e o segredo de seu sucesso.
Surgidos a partir do inesperado êxito do modesto “Halloween: a noite do terror” (1978), de John Carpenter, que lançou o assassino mascarado Michael Myers, e se popularizando a partir de “Sexta-feira 13” (1980), de Sean S. Cunningham, o primeiro ambientado em um acampamento de férias, os slashers dominaram a década de 1980. Valendo-se de efeitos especiais de maquiagem grotescos e realistas, graças ao talento de profissionais como Tom Savini, o subgênero se desenvolveu e proliferou em diversas sagas. A fórmula se manteve praticamente imutável, com assassinos mascarados (“O trem do terror”, “Dia dos namorados macabro”, “Natal sangrento”), acampamentos de verão (“Chamas da morte”, “Acampamento sinistro”) e quase sempre com as garotas finais. Mas houve espaço para reinvenções, como a surpresa da comédia “A noite das brincadeiras mortais” (1986), e “Slumber Party Massacre” (1982), trazendo um vislumbre feminista ao subgênero.
O slasher conta ainda com uma galeria de vilões icônicos que marcou a década de 1980, tendo à frente o brutamontes Jason Voorhees, e abriu caminho para outras produções não necessariamente dentro deste subgênero, mas com total afinidade com ele, como Freddy Krueger (“A hora do pesadelo”), Leatherface (“O massacre da serra elétrica”) e Chucky (“Brinquedo assassino”). Quando parecia meramente uma relíquia oitentista, o subgênero retornou, com proposta metalinguística e autorreferente, nos anos 1990, com a inventiva saga “Pânico” (1996, 1997, 2000 e, mais tarde, 2011), escrita por Kevin Williamson e dirigida por Wes Craven, tendo como principais protagonistas personagens femininas fortes. Criou toda uma nova geração de aficionados por filmes de matança e injetou sangue fresco no tema: “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, “Lenda urbana”, “Terror no pântano” e até mesmo “Premonição”.
Firme e forte como nunca, o slasher – agora rotulado “neoslasher” – está presente no cinema atual com a nova trilogia “Halloween”, de David Gordon Green, e a anunciada nova versão de “Sexta-feira 13”. E foi para aproveitar as férias – e uma sexta-feira 13 no calendário – que será ministrado este curso on-line em seis aulas, apresentadas por Beatriz Saldanha e Carlos Primati, especializados em cinema fantástico e que adoram um bom e divertido slasher.
08/02 a 02/03
Aula 1 | Primórdios dos filmes de matança: de Norman Bates a Leatherface
Aula 2 | Opressão, recalque, vingança e moralismo: a era de ouro do slasher
Aula 3 | Os modelos do slasher: o assassino, as vítimas e a garota final
Aula 4 | Outros assassinos psicopatas icônicos dos filmes de terror
Aula 5 | Metalinguagem e pós-slasher: reviravolta e metalinguagem
Aula 6 | As novas franquias do neoslasher e a persistência do gênero
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