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O curso “A História do Cinema de Horror Brasileiro” apresenta um panorama do horror nacional ao longo de quase noventa anos da produção do gênero no país. Desde as primeiras comédias de fantasmas, os melodramas góticos e as histórias infantojuvenis com bruxas e assombrações, o curso mostra como elementos horroríficos foram inseridos e assimilados na produção audiovisual nacional, desenvolvendo uma tradição de gênero no Brasil que tem identidade própria e não pode ser comparada diretamente com modelos estrangeiros (em especial, o do cinema comercial hollywoodiano).
O desenvolvimento do horror no país ganha alma própria a partir dos anos 1960, com o blasfemo e violento personagem Zé do Caixão, criado pelo cineasta paulista José Mojica Marins, fazendo o gênero se popularizar e desdobrar-se em inúmeras vertentes. O cinema experimental inseriu elementos macabros e mórbidos para criar obras instigantes e ousadas, originando reflexões do horror que iam do absurdo ao ofensivo, da crueldade à poesia.
O deboche tipicamente brasileiro transformou o ‘terror’ no ‘terrir’, o susto com riso, a marca do cineasta carioca Ivan Cardoso, diretor de “Nosferato no Brasil”, “O segredo da múmia” e outras comédias de monstros.
No século 21, o advento do cinema digital possibilitou a democratização na produção audiovisual e abriu caminho para banhos de sangue nas telas (grandes e pequenas), revelando realizadores como Rodrigo Aragão, Paulo Biscaia Filho, Juliana Rojas, Marco Dutra, Marcos DeBrito, Anita Rocha da Silveira, Gabriela Amaral Almeida, Dennison Ramalho, Guto Parente, Petrus Cariry, Kleber Mendonça Filho, Armando Fonseca, Kapel Furman, Alice Furtado e tantos outros que, nos últimos dez anos, têm tornado o gênero do horror um assunto recorrente na mídia e tema de alguns dos filmes mais impactantes da produção brasileira recente.
MÓDULO 4 – Zumbis, psicopatas, vampiresas e bebê lobisomem: décadas de 1990 a 2020
Aula 1 | Monstros, psicopatas e banhos de sangue: o terror de Rodrigo Aragão, Dennison Ramalho, Kapel Furman etc.
Aula 2 | A contemplação da morte: medo e desespero em Marco Dutra, Juliana Rojas, Anita Rocha da Silveira etc.
Aula 3 | O horror invade todas as plataformas: a produção de séries de televisão, antologias, festivais e mostras.
Aula 4 | Um gênero vivo: a relevância e permanência do horror como retrato cultural, social e político.
Fonte: Cursos MIS
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