Por: Geórgia Ayrosa
Raysa Fontana, mais conhecida como Desktopgirl no Instagram, cria personagens singulares e universos coloridos que nos convidam a explorar um novo mundo. Ao entrar em seu perfil, logo nos deparamos com uma estética totalmente convidativa: cores marcantes, texturas vintage e traços livres, maneira como a própria artista define seu trabalho.
A ilustradora traz para seus desenhos a filosofia japonesa “Wabi Sabi”, um conceito baseado na aceitação, transitoriedade e imperfeição. Aceitar que o belo é imperfeito e incompleto.
Confira o bate-papo com a Raysa:
Muitos artistas dizem que gostam de desenhar desde criança, você era assim? Tinha algum estímulo artístico que vinha dos seus pais?
Com certeza! Aula de artes era o meu momento preferido na escola, mas, pra ser honesta, cresci num ambiente que não foi dos mais benéficos pra minha auto estima. Meu pai sempre foi muito crítico e acabei me desestimulando porque acreditava que não tinha nenhum talento artístico.
Da onde vem suas maiores inspirações?
Situações cotidianas, memórias da minha infância e qualquer coisa diferente que me tire do tédio haha!
Suas ilustrações mudaram de alguma maneira depois da pandemia?
Acho que não, mas foi na pandemia que eu comecei a produzir de forma mais consistente e passei a divulgar meu trabalho.
Como você descreveria a estética do seu trabalho?
Livre.
O que você mais gosta de fazer quando não está trabalhando?
Gosto de remar, surfar, passear com meus cachorros, fazer trilhas.
Seus personagens parecem ter saído de fábulas e histórias infantis, você já teve interesse em escrever livros?
Já! isso sempre vem, tenho algumas ideias guardadas, mas ainda não virou uma prioridade pra mim.
Na sua visão, qual o papel do artista hoje em dia?
Pra mim, o papel do artista é fazer arte. A ideia de cumprir um papel é prejudicial pra criatividade, acho que os desdobramentos daquilo que é criado se dão de uma forma natural.
Qual o seu maior sonho(s)?
Criar uma RPPN.
Para conhecer mais o trabalho de Raysa Fontana: