Por: Julia Nakamura
A norte-americana filha de imigrantes chineses Lucy Alexis Liu é conhecida principalmente pelos papéis de Alex Munday na franquia “As Panteras (Charlie’s Angels)” e O-Ren Ishii em “Kill Bill”. O que poucas pessoas sabem é que Lucy sempre se dedicou a outros tipos de arte além da atuação, como pintura, colagem, fotografia, escultura e instalações.
“É muito importante para mim poder me expressar consistentemente e isso não vem apenas na forma de atuação. Qualquer forma de expressão é arte. Acho que nunca diria não a nenhuma mídia em particular, incluindo a arte performática.” Lucy Liu em entrevista para SilverKris.
O seu interesse na arte começou aos 15 anos, quando começou a se expressar através da colagem e fotografia. Aos 22 anos, Lucy se graduou em Línguas e Culturas Asiáticas na Universidade de Michigan.
Liu teve a sua primeira exposição em 1993, intitulada “Unraveling” que lhe rendeu uma bolsa na Beijing Normal University. Segundo a artista,o período de estudos na China foi extremamente valioso para aprender mais sobre a sua herança cultural e expandir a compreensão do valor simbólico da arte, Lucy usou esses sentimentos como inspiração para a sua segunda exposição “Catapult” na Purple Gallery de Los Angeles em 1997.
Desde então, o seu trabalho foi apresentado em inúmeras exposições em museus e galerias nos Estados Unidos, China, Alemanha, Canadá e Singapura.
Após o seu sucesso como atriz, Lucy usava o pseudônimo “Yu Ling” para assinar suas obras.
“Como artista, usei meu nome chinês inicialmente como forma de proteção. No taoísmo, existe a ideia de não nomear nomes, o que permite remover todos os pensamentos preconcebidos sobre um objeto. O que resta é uma mente aberta. Eu não queria que as pessoas dissessem: “Ela foi a pessoa que fez Charlie’s Angels; ela estava em Kill Bill. Mas todos nós temos julgamento; todos nós temos pensamentos, e eles não vão mudar.”
“Você conhece alguém através de sua arte e é tão assustador pensar que alguém vai me ver um pouco mais. Mas esse é o ponto, não é? Quando você está atuando, está interpretando um personagem: você quer que as pessoas vejam essa pessoa da maneira que você formata. Mas quando você mostra sua própria arte, é muito íntimo e assustador. Mas, no final das contas, o que você quer é que alguém sinta as emoções por si mesmo, de segurança, de conexão, quando olha para o seu trabalho.” Lucy Liu em entrevista para SilverKris.
Entre as suas exposições de destaque, está “Unhomed Belongings” um diálogo visual entre ela e o artista indiano Shubigi Rao que aconteceu em 2019 no Museu Nacional de Singapura.
Exposições
2021 Union, Objective x Chambers Fine Art, Shanghai, China
2020 Together in Distance: COVID-19 Relief Benefit Auction, New York, NY USA
2020 One of These Things Is Not Like the Others, Napa Valley Museum Yountville, Yountville, CA, USA
2019 Needlepoint, Chambers Fine Art, New York, NY USA
2019 Unhomed Belongings, National Museum of Singapore, Singapore
2018 X Marks the Spot: Women of the New York Studio School, New York, NY, USA
2016 Good Feng Shui, Arturo Bandini, Los Angeles, CA USA
Art+Culture Projects Pop Up, New York, NY USA
XXI Mänttä Art Festival, Mantta, Finland
2014 The Last Brucennial, New York, NY, USA
2013 Totem, The Popular Institute, Manchester, UK
2011 Seventy Two, Salon Vert, London, UK
2010 Passing China, Zadok Gallery, Miami, FL, USA
2008 je suis. envois-moi, Galerie Six Friedrich Lisa Ungar, Munich, Germany
2006 Glass Onion, Milk Gallery, New York, NY, USA
2006 Antenna, Emotion Picture Gallery, Halifax, Nova Scotia, Canada
1995 Catapult, Purple Gallery, Los Angeles, CA, USA
1993 Unraveling, Cast Iron Gallery, SoHo, New York, NY, USA
Conheça mais sobre o trabalho da artista em: lucyliu.net