Cleopatra as a Child: The Real Story por: Tiffany Isselhardt – Girl Museum Inc
O Heritage Daily publicou recentemente “O início da vida de Cleópatra” para narrar a ascensão do poder da faraó Cleópatra VII (69 aC a 10 aC), que governou o Egito desde os 18 anos até sua morte. Porém, o Heritage Daily descreveu apenas alguns episódios – para onde ela viajou, disputas e a partir de quando as autoridades começaram a reconhecê-la como única governante. Mas há muito mais história por trás do nome Cleópatra.
Filha mais velha do faraó Ptolomeu XII, Cleópatra nasceu na família real egípcia. Sua juventude foi repleta de amor: a cultura egípcia valorizava as crianças, com as mães acompanhando de perto seu crescimento desde a primeira infância. Tudo indica que Cleópatra tinha uma babá enquanto seus pais estavam ocupados com a agenda oficial, mas, ainda assim, ela passava muito tempo com eles. Esse amor paterno se refletia até nos nomes dados aos filhos; no caso de Cleópatra, seu nome vem da herança greco-romana de sua família e significa “glória do pai”. Infelizmente, não está claro exatamente como o nome foi transmitido, pois a árvore genealógica ptolomaica é complexa e os registros sobre eles são fragmentados.
Além de todo o afeto familiar, Cleópatra teve uma vida farta no palácio. Ela tinha animais de estimação, brinquedos e jogos. Durante sua infância (dos 5 aos 7 anos de idade), Cleópatra ajudava nas tarefas reais. Como ela era da realeza, não fazia tarefas domésticas. Em vez disso, ela estudava para aprender a governar com eficácia – matemática, ciências, leitura, escrita e idiomas. Ela também aprendia sobre crenças religiosas egípcias e sobre seus papéis e funções nas cerimônias religiosas. Registros afirmam que Cleópatra teve aulas com Filóstrato, um filósofo e orador.
Por volta dos 7 anos, Cleópatra foi enviada para o Mouseion em Alexandria. O Mouseion existia há mais de 300 anos e era sustentado pela família real. Alguns dos melhores estudiosos do mundo helenístico estavam lá, então Cleópatra frequentava a melhor escola da época. Ela aprofundou seus estudos ao ser exposta à crítica literária, pesquisa científica, traduções de textos estrangeiros e debates sobre história e política.
Durante a juventude de Cleópatra, o Egito estava em uma situação política difícil. Seu pai, Ptolomeu XII, estava lutando contra os senadores romanos que queriam anexar o Egito ptolomaico a Roma – resultando na independência do Egito. Ptolomeu queria manter a independência e ofereceu presentes luxuosos aos estadistas romanos para influenciar seus votos. No entanto, a oferta de presentes prejudicou financeiramente o Egito e a popularidade de Ptolomeu com o povo. Durante pelo menos um ano de sua vida, Cleópatra acompanhou seu pai no exterior durante seu exílio e os romanos ajudaram Ptolomeu a recuperar o controle do Egito em três anos, por meio de uma série de campanhas militares.
Enquanto muitos imaginam uma família que brigava por poder, o vínculo de Cleópatra – pelo menos com seus pais – envolvia muito afeto. Observamos isso na escolha de Ptolomeu de nomear Cleópatra como co-sucessora do trono do Egito, junto com seu irmão Ptolomeu XIII (o casamento entre irmãos era comum entre a realeza egípcia para preservar o poder.) Ptolomeu também nomeou Cleópatra regente do Egito em 31 de maio de 52 aC; ele morreu cerca de um ano depois.
Em 51 aC; Cleópatra tinha 18 anos e já era rainha do Egito. Enquanto jovem, seu reinado concentrou-se nos deveres tradicionais do faraó: erguer novas estátuas de animais sagrados, ajudar seu povo em tempos difíceis (principalmente com a fome) e estreitar as relações com a República Romana. Apesar de ter sido designada co-governante, Cleópatra rapidamente assumiu o controle do Egito como único faraó – rejeitando a ideia de que seu irmão mais novo deveria co-governar com ela. Se ela se casou com ele de fato, ainda é debatido. Porém, o irmão de Cleópatra manteve aliados poderosos, que muitas vezes dificultaram a vida de Cleópatra.
Assim, dois anos após sua ascensão, Cleópatra entrou em guerra com seu irmão. Em 49 aC, aos 20 anos, ela fugiu do Egito para o exílio, o que garantiu sua segurança. Ela viajou para a Síria romana, reunindo forças para invadir e retomar o Egito. Porém, sua tentativa foi mal sucedida e Cleópatra retornou na mesma época em que o senador romano Júlio César foi morar no Egito no palácio real.
Cleópatra se tornou experiente como governante sob a tutela de seu pai, tanto acompanhando-o no exílio quanto como regente. E ela estava prestes a usar essas habilidades para impressionar um dos maiores generais militares da época, Júlio César, e garantir seu apoio e ajuda para se tornar um dos faraós mais influentes da história.
Cleopatra as a Child: The Real Story
Autora: Tiffany Isselhardt – Program Developer – Girl Museum Inc.
Foto de capa: Moeda de Cleópatra VII – Crédito da imagem: PHGCOM – CC BY-SA 3.0